Isais 6:8
Estudos

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Isaías 6:8

INTRODUÇÃO

O versículo chave para essa lição é um dos mais emblemáticos quando falamos de missões. Após ter uma visão de Deus, o profeta Isaías confessa a sua indignidade e a do seu povo: um homem de lábios impuros que vive entre um povo também de lábios impuros. Serafim com uma brasa do altar ao tocar os lábios do profeta purifica-o de sua iniquidade. Depois dessa cena ele ouve a voz do Senhor que pergunta quem Ele enviará. O profeta responde: “eis-me aqui, e enviame a mim”. A mensagem a levar era do juízo de Deus sobre o povo de Judá.

O que nos chama atenção nesse texto do comissionamento do profeta Isaías é a prontidão em dispor-se para a missão que Deus tinha para lhe dar. Podemos considerar que diante da tarefa inacabada de levar o Evangelho até os confins da terra, Deus espera de nós essa prontidão em responder afirmativamente ao Senhor: “eis-me aqui, envia-me a mim”. Nesta lição estudaremos sobre os povos que ainda são pouco alcançados em nosso país. Menos alcançados por estarem em lugares de difícil acesso como indígenas e ribeirinhos, por parecerem invisíveis para a sociedade como ciganos e surdos ou porque simplesmente a Igreja fechou os seus olhos para esses povos. Quando vemos que a Igreja brasileira deixou de evangelizar nos sertões nordestinos, nas comunidades ciganas e os surdos que estão nas mesmas cidades, onde há grandes templos de variadas denominações, temos que pedir perdão pela nossa iniquidade e ir até eles. Nós, batistas do sétimo dia, temos que acordar da nossa sonolência espiritual e procurar remir o tempo (fazer bom aproveitamento) que ainda temos e participar da evangelização desses povos em nosso país.  

INDÍGENAS DO BRASIL

Quando os portugueses chegaram (séc. 16) havia 1,5 milhões de indígenas no Brasil.40 Em 1991 havia 294.000 pessoas que se declaravam índios. No último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) havia 896.917 pessoas indígenas.41 E segundo esse censo apenas 37,4% falam a sua língua indígena.

As lutas contra os invasores portugueses, as doenças trazidas pelos europeus, a escravidão, a miscigenação (casamentos com os europeus)42 e outras causas proporcionaram uma diminuição das populações indígenas.

E no século 21 as populações indígenas ainda sofrem com doenças, isolamento, discriminação, espoliação das riquezas de suas terras. Estão perdendo a sua cultura, as suas línguas e sofrendo uma grande aculturação. Há problemas de drogas, alcoolismo43, prostituição e miséria em quase todos os povos indígenas. “Segundo o Censo IBGE 2010, os mais de 305 povos indígenas somam 896.917 pessoas. Destes, 324.834 vivem em cidades e 572.083 em áreas rurais, o que corresponde aproximadamente a 0,47% da população total do país”44. Desse total há ainda 92 tribos indígenas sem presença missionária evangélica. Há 185 línguas indígenas faladas em nosso país. Sendo que a metade delas não tem nenhuma porção das Escrituras Sagradas traduzidas. Esse é um grande desafio para a Igreja Brasileira.

CONPLEI, Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas. A definição por parte de uma de suas lideranças: “Hoje o CONPLEI é uma organização que visa o crescimento de igrejas indígenas e lideranças do próprio povo, assumindo em parceria com as agências missionárias os trabalhos já existentes e procurando implementá-los em outros lugares”.45  

No dia 22 de março de 1991, na sede da Sociedade Bíblica em Brasília, aconteceu a primeira reunião do CONPLEI, sendo eleitos dois coordenadores gerais, Carlos Justino Terena e Idjarruri Karajé. [...] Através deste momento queremos como CONPLEI dar uma visão geral do movimento que está crescendo cada vez mais influenciando o trabalho missionário entre os povos indígenas no Brasil e na Amazônia que envolve a América do Sul e que seja útil a todos, tanto aos indivíduos, como as entidades, que desejam ser envolvidas na seara e nos campos indígenas para que a mensagem do evangelho do Senhor Jesus seja pregado até as etnias que não foram alcançadas.46 

 A evangelização dos indígenas é uma tarefa inacabada. Temos muitos povos isolados e que ainda não foram alcançados pelo Evangelho. O Diabo tem usado muitas maneiras para impedir: usando ONG’s (Organizações não Governamentais) para difamar o trabalho dos missionários e da tradução da Bíblia. Antropólogos da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) têm conseguido impedir o trabalho missionário entre os indígenas.47 O isolamento ou a localização das aldeias em que algumas tribos vivem, dificultam o acesso e a permanência de missionários.

No entanto, tendo os olhos fixos em Jesus e o coração cheio de fé e disposição, o povo de Deus tem todas as condições para cumprir com êxito a tarefa de fazer discípulos de todas as nações indígenas do Brasil! Basta que cada um participe com os dons, os talentos e as visões que tem recebido do Pai, contribuindo generosamente, intercedendo com fé ou indo pessoalmente ao campo missionário, sendo instrumento de Deus para que cada tribo indígena brasileira seja alcançada pelo evangelho de nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo48.

A Igreja em todo o país tem o dever de orar por esses povos não alcançados, ajudar com recursos e enviar obreiros. Você talvez não conheça nenhuma tribo indígena, mora num grande centro e essas coisas lhe são um pouco incompreensíveis. Porém, as suas orações podem chegar lá, contribuir com recursos é uma forma de participar de Missões! Peça a Deus a direção sobre o que Ele quer que você faça! 

 SERTANEJOS

São denominadas assim, as pessoas que vivem no sertão do Nordeste, região que também é conhecida como Semiárido nordestino.

O Nordeste tem três regiões distintas: o litoral, onde chove com regularidade e quantidade suficiente para a produção agrícola; o agreste que faz parte do semiárido, porém tem condições de clima menos severas e o sertão que é a região que menos chove. A vegetação típica do sertão nordestino é a caatinga, um bioma complexo, formado por árvores que tem grande resistência à baixa pluviosidade e às secas cíclicas da região (SILVA, 2006, p. 18). A pobreza da flora aliada aos solos pouco férteis cria a condição ideal para a perpetuação da miséria do homem nordestino49. 

Além de ser uma região pobre, boa parte da população vive na área rural onde o acesso nem sempre é muito fácil. O nordestino pobre do interior é vítima de políticos corruptos que compram o seu voto nas eleições mantendo no poder grupos que se perpetuam por gerações.50 A pobreza do homem do sertão é interessante para manter esses mesmos grupos, ou seja, a perpetuação da miséria faz parte da política nordestina. 

Podemos acrescentar a isso a religiosidade nordestina demonstrada pelo catolicismo popular que dificulta as ações de evangelização do sertão. 

Lamentavelmente o profundo animismo51 indígena, associado às crenças católicas e ao culto animista africano, tornou o Sertão Nordestino em terra árida e de difícil penetração e aceitação do Evangelho. As crenças no Sertão Nordestino têm como base de fé as manifestações sobrenaturais de poderes de espíritos enganadores. Existe uma profunda cegueira espiritual, trata-se de uma sociedade onde os sofismas têm confiscado vidas e neutralizado seu entendimento.52 

 Assim como vimos, a pobreza aliada a uma intensa exploração do homem sertanejo e uma religiosidade que mantém o homem na ignorância e dependente de crenças animistas e sincréticas53 torna-se um desafio à evangelização. Porém, isso não pode ser uma desculpa para a Igreja deixar de envolver-se com a evangelização do Sertão Nordestino. Procure informar-se mais sobre o sertanejo e organize em sua Igreja grupos de intercessão pelo povo do Sertão do Nordeste. Incentive os jovens da sua Igreja a participar de projetos missionários no Sertão54.

 Mobilizar representa despertar a igreja brasileira para transformar o Sertão pelo poder do Evangelho. São mais de 14 milhões de pessoas morando na zona rural do nordeste, sendo 5 milhões de crianças e adolescentes. São mais de 10 mil povoados, desses, menos de 1% possui a presença de uma igreja evangélica. Trata-se de um povo não alcançado dentro da nossa nação. E um desafio tão grande como esse só pode ser cumprido em conjunto, por isso é preciso MOBILIZAR toda a igreja brasileira para impactar e transformar integralmente a vida desse povo com a mensagem de Jesus55.

 QUILOMBOLAS

Quilombos são comunidades de resistência de escravos africanos fugidos de seus donos.56 Consequentemente, o termo quilombola refere-se aos descendentes de escravos que fundaram essas comunidades e ainda habitam ali.

Caçados como animais, na África, trazido para a América em navios negreiros nas condições mais humilhantes e degradantes, os sobreviventes tornaram-se escravos no Brasil. 

A empresa escravista, fundada na apropriação de seres humanos através da violência mais crua e da coerção permanente, exercida através dos castigos mais atrozes, atua como uma mó desumanizadora e deculturadora de eficácia incomparável. [...] Todo negro alentava no peito uma ilusão de fuga, era suficientemente audaz para, tendo uma oportunidade, fugir, sendo por isso supervigiado durante seus sete a dez anos de vida ativa no trabalho. Seu destino era morrer de estafa, que era sua morte natural. Uma vez desgastado, podia ate ser alforriado por imprestável, para que o senhor não tivesse que alimentar um negro inútil. (RIBEIRO, Darcy, 2009, p. 106).57

 Os escravos africanos eram submetidos a uma rotina de trabalho extenuante e recebiam pouca alimentação. Sem família, sem poder se relacionar com outras pessoas, submetidos a um tratamento cruel por parte dos senhores de engenho no Nordeste ou nas minas, em Minas Gerais, ele não tinha nenhuma outra opção senão, a fuga.

Fugindo da barbárie que o colonizador português lhe infligia, o escravo africano tentava fugir dos seus donos. Os escravos fugitivos formavam aldeamentos em locais de difícil acesso que se chamavam quilombos (FIABANI, 2008, p. 53), palavra de origem Banto, que significa acampamento de guerreiros (SOUZA, 2008, p. 28). Esse aldeamento foi um processo de resistência para que os negros, ex-escravos, se mantivessem vivos e pudessem reproduzir-se. (STORCK e DÜCK, 2021, p. 181)58. 

Trazer todas essas informações tem como objetivo que os irmãos possam compreender exatamente quem são os quilombolas. Até algum tempo atrás eram apenas comunidades diferentes, que não se tinham muitas informações. Conforme as informações do site da Fundação Palmares, o Brasil tem 3.447 comunidades quilombolas certificadas em todo o país. Há 839 no Maranhão, 821 na Bahia e 400 em Minas Gerais.59 Estes são os Estados em que há a maior concentração de quilombos. Considerando que os quilombos foram formados em locais de difícil acesso, para poder preservar as comunidades de caçadores de escravos, elas continuam sendo lugares onde  não é fácil chegar. Tendo 3.447 comunidades certificadas até o momento e muitas ainda que não são reconhecidas, podemos imaginar o desafio que é para a Igreja Brasileira levar o Evangelho a todo esse povo.

Assim como descrevemos a religiosidade do Sertanejo, podemos dizer que para evangelizar comunidades quilombolas precisamos entender que temos as questões culturais a respeitar e compreender. A religiosidade africana misturada com um catolicismo popular, já descrito, mais o animismo indígena também são desafios para a evangelização desse povo. Nós, batistas do sétimo dia como os demais evangélicos do Brasil, também temos o dever de orar e nos envolvermos na pregação do Evangelho para essas comunidades. 

 COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA

O Brasil tem a maior floresta tropical do mundo: a Amazônia legal corresponde quase a 60% do território brasileiro. “Possui uma superfície aproximada de 5.015.067,75 km²”.60 Essa área corresponde a nove vezes o território da França (549 190 km).61 O principal rio é o Amazonas cuja bacia tem mais de 1.000 afluentes. “A Amazônia brasileira possui uma rede hidroviária da ordem de 24 mil km, ocupando uma extensão territorial de mais de 3,6 milhões de km2 navegáveis em grande parte de seu percurso e formam a espinha dorsal que estrutura a rede viária da Amazônia”.62 Como podemos observar no mapa abaixo, os rios são representados em azul. É algo difícil de imaginar a extensão e a quantidade de rios que há na bacia Amazônica.

 Há um número enorme de comunidades às margens desses rios, que chamamos de ribeirinhas. Segundo o site Projeto Fronteiras: “Estima-se uma população de 16 milhões de habitantes no Norte do país em 2012 e mais de 35 mil comunidades tradicionais na Amazônia legal (IBGE, 2010). [...] Igualmente, estima-se entre 5 mil e 17 mil comunidades ainda não evangelizadas ou sem presença de uma igreja evangélica na região Norte.

Estamos descrevendo isso para que os irmãos tenham uma ideia do tamanho da tarefa que é a evangelização das comunidades ribeirinhas na Amazônia. Além de um grande número de pessoas para levar o Evangelho, há a necessidade de uma quantidade enorme de recursos financeiros para sustentar missionários e sua locomoção através dos rios. Isso não é trabalho para apenas alguns cristãos bem intencionados. Deve haver uma coordenação entre muitas Igrejas que tenham essa visão missionária. Os irmãos podem contribuir muito com a evangelização dos ribeirinhos com orações abundantes e com recursos financeiros também. 

SURDOS

Segundo o IBGE, na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)64 de 2019 o número de surdos no Brasil é de 2,3 milhões de pessoas acima de dois anos de idade (1,1% da população). Desse número, há 31.000 crianças de 2 a 9 anos com deficiência auditiva. E pessoas com mais de 60 anos, temos 1,5 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Dos que são completamente surdos, entre 5 a 40 anos de idade e conseguem usar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) são 43.000 pessoas. 

 Há uma divergência de dados: a pesquisa do IBGE sobre saúde mostra 2,3 milhões de surdos no Brasil enquanto outros dados65 nos falam de 9 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Segundo a missionária Marília Manhães, da Junta de Missões Nacionais66 (Igreja Batista), a dificuldade na evangelização de surdos está na dispersão entre a população e a dificuldade deles em compreenderem as Escrituras. Como todas as minorias entre uma população as dificuldades em levar o Evangelho aos surdos são grandes. Na 1ª IBSD de São José dos Pinhais, PR há um grupo de irmãos aprendendo Libras e preparando-se para a evangelização dessa parte da população. Os surdos sofrem muito por causa das dificuldades na comunicação com as pessoas que ouvem. Ore ao Senhor da seara para que mande obreiros para alcançar os surdos.

 CIGANOS

Acredita-se que a maioria das pessoas já viu um cigano alguma vez. Eles estão espalhados por todo nosso país, na verdade, por boa parte do mundo. Às vezes tão próximos de nós (como é o caso da nossa igreja local, onde há um acampamento cigano a duas quadras de distância), mas ao mesmo tempo tão distantes.

Os ciganos são um dos grupos menos alcançados que a Igreja pouco tem investido em missões. Ainda existem muitos estereótipos criados na mente das pessoas, isso inclui os cristãos, a respeito deste povo. Mesmo tendo um número significativo de ciganos no Brasil, cerca de um milhão, são poucas denominações evangélicas que se interessam em evangelizar essas pessoas. Talvez porque, como já dito antes, ainda haja muito preconceito por parte da sociedade como um todo67.

Os ciganos são um povo que não tem uma cultura homogênea, a variedade de costumes, tradições, crenças e dialetos exigem elaboração estratégica para cada grupo. Não existe uma religião predominante entre os ciganos, mas há uma tendência ao sincretismo religioso. No Brasil, eles têm uma afeição muito forte pela “Nossa Senhora Aparecida”, mas a pluralidade religiosa no meio deles faz com que sejam receptivos a evangélicos, católicos, muçulmanos ou espíritas. Ao mesmo tempo em que isso abre uma porta para Igreja evangélica, torna-se um desafio para ela fazer um trabalho missionário relacional e contextual mostrando que entre tantos caminhos só há um que conduz a salvação68.

Dados do Censo de 2010 mostraram a existência de acampamentos em 291 municípios brasileiros, sendo que a maioria está na Bahia69. Pode ser que um destes acampamentos esteja bem perto da sua igreja. O fato é que os ciganos são amados por Deus e assim devem ser por Sua Igreja, que somos nós. Precisamos romper as barreiras do preconceito, do medo e do comodismo e com certeza Deus irá nos usar, como tem nos usado. Aqui, em São José dos Pinhais-PR, iniciamos um contato com um grupo cigano. Deus, em Sua soberania abriu uma porta e pudemos nos aproximar. Fomos bem recebidos e depois de alguns encontros fizemos refeições juntos e pudemos partilhar do melhor alimento, a Palavra de Deus.

DIÁSPORA NO BRASIL (REFUGIADOS E IMIGRANTES)

O mundo está vivendo, nos últimos anos, ondas de refugiados procurando em países mais ricos e democráticos, um lugar para sobreviver. Vimos pela televisão o desespero da população do Afeganistão quando o Talibã tomou o poder no país no dia 15/08/2021. Milhares de afegãos tentavam desesperadamente escapar do país. Da mesma forma, venezuelanos fogem de sua pátria após o endurecimento do regime ditatorial que está no poder, seguido de acentuada escassez de alimentos e gêneros de primeira necessidade. A fuga das pessoas por causa de ditaduras como já descrevemos acima, da pobreza extrema, guerras, perseguição religiosa, instabilidade política e social como ocorre no Haiti, tem sido notícias frequentes nos jornais nos últimos anos.  

Milhões de pessoas moram em campos de refugiados na Turquia, Grécia, nos países do Oriente Médio, na Europa, na África e no sudeste da Ásia. No Brasil foram reconhecidos até 2020, como refugiados, 57.099 pessoas. Entre 2011 e 2020 o Brasil reconheceu como refugiados 46.412 venezuelanos, 3594 sírios e 1050 pessoas do Congo (África)70.

Temos muitos haitianos que vieram para o Brasil. Trabalham nas indústrias e são ótimos trabalhadores. Nos frigoríficos que exportam carne de frango para os países mulçumanos, sempre há uma equipe que vem trabalhar na sangria dos frangos. São mulçumanos e geralmente são de origem africana. Então, podemos dizer que Deus está colocando nos quintais da Igreja Brasileira pessoas oriundas de países que não permitem que o Evangelho seja pregado. Temos a oportunidade de levar a mensagem da cruz para pessoas que no seu país de origem não teríamos essa facilidade. Oficialmente temos quase 60.000 pessoas que a Igreja pode evangelizar que na sua maioria são de povos que não foram alcançados. Sabemos que há muito mais estrangeiros no Brasil: bolivianos que vêm trabalhar em São Paulo, argentinos no sul do Brasil, pessoas de países da África. Como batistas do sétimo dia, devemos pensar com seriedade em alcançar esses estrangeiros, pois isso também é “ir aos confins da terra”. Isso deve ser feito com muita oração e determinação da Igreja local em ir atrás dessas “ovelhas perdidas” pelas quais Jesus morreu.

 CONCLUSÃO

Onde eu preciso ir para fazer Missões? Às vezes não precisamos caminhar mais do que algumas quadras. Ou até mesmo ao pegar um ônibus e nos depararmos com um deficiente auditivo que nunca obteve nenhum conhecimento sobre Jesus. Missões não ocorrem apenas em outros países, o nosso Brasil está repleto de almas a serem alcançadas. Povos esquecidos no interior do Nordeste, à beira dos rios, em colônias isoladas, em acampamentos nas marginais. Tão próximos, mas ao mesmo tempo tão distantes. Que o Senhor desperte a igreja brasileira, aos batistas do sétimo dia no Brasil, a ir além, buscar a “dracma perdida”!